COMPONENTES DA INJEÇÃO ELETRÔNICA.
O que é Drive by Wire?
O Drive by Wire, também conhecido como Acelerador Eletrônico, foi projetado inicialmente para ser usado na Formula 1 (que novidade), adotado inicialmente pela McLaren. Este sistema faz uso de um conjunto eletrônico para acelerar o motor eliminado assim o velho e problemático cabo de acelerador.
Todo o controle de abertura da borboleta de aceleração é controlada pela Central de injeção eletrônica, fazendo também a estabilização da marcha lenta. Vem acoplado ao pedal do acelerador um Potenciômetro, que envia informações a central quando o pedal é pressionado, a UCE por sua vez colhe este sinal e com dados enviados por outros sensores espalhados pelo motor faz algumas correções e logo após comanda a borboleta para que esta tenha uma abertura exata.
A borboleta é controlada por um motor elétrico que consegue atingir a abertura total da mesma, obtendo assim uma perfeita marcha lenta e uma total aceleração.
As vantagens do acelerador eletrônico para o convencional são enormes:
- Melhor desempenho;
- Controle total da aceleração;
- Ótima resposta do motor;
- melhor controle da marcha lenta;
- aceleração suave;
- melhor retomada;
- Economia de combustível;
Poderia citar varias outras qualidades, a maior desvantagem sem duvida é o preço da manutenção do sistema que necessita de mão-de-obra qualificada e as peças na sua maioria devem ser substituídas, e estas ainda tem um preço elevado.
O Drive by Wire necessita de uma revisão periódica para que o mesmo seja limpo, pois o acumulo de sujeira e óleo faz com que gere alguns problemas principalmente na marcha lenta.
Sem duvidas que o Drive by Wire veio pra ficar por muito tempo, a qualidade de funcionamento é clara, particularmente sou fã do acelerador eletrônico e se você preza por tranqüilidade na hora de dirigir, também vai gostar.
Abraços…
Conceitos básicos de Injeção Eletrônica: Estratégia de Funcionamento (parte1)
Vou tentar explicar alguns conceitos básicos sobre Injeção Eletrônica e decidi começar pela Estratégia de Funcionamento, por ser um fator primordial na hora de se obter o diagnóstico de um defeito.
Existe 4 tipos de estratégia mais difundidos no mundo, são elas:
ÂNGULO X ROTAÇÃO
Nesse caso a central identifica os cálculos para o tempo de injeção ( tempo em que o bico fica aberto) e avanço de ignição ( momento no qual a centelhamento nas velas),colhendo informações do grau de abertura da borboleta, e os compara com valores obtidos em laboratório em conjunto a números fixos de temperatura do ar e rotação.
Os sensores em grau de importância para este tipo de injeção:
1-Potenciômetro da borboleta
2-Sensor de Temperatura do ar
3-Sensor de Rotação
Exemplos de U.C.E.: BOSCH MONOMOTRONIC
DENSIDADE x ROTAÇÃO
Esse sistema é o mais usado no Brasil,e determina o tempo de injeção, calculando a quantidade de ar que entra no motor, pelo volume ar (usando cálculos do sensor de rotação feitos em laboratório, pela temperatura do ar e pressão do ar que é lida pelo sensor de pressão absoluta (MAP). Um detalhe importante neste tipo de estratégia é que toda vez que se vira á chave a UCE calcula a pressão barométrica ou seja a qual altitude o carro se encontra.
Os sensores em grau de importância são:
1-Sensor MAP
2-Sensor Temperatura do ar
3-Sensor de rotação
Exemplos de U.C.E.: BOSCH MOTRONIC – FIC EEC-IV – MARELLI-G7
FLUXO DE AR
Neste caso a central determina o tempo de injeção, calculando o volume de ar, através de um medidor de fluxo de ar (vazão),que também incorpora o sensor de temperatura do ar. O sensor de rotação também é importante, pois ajuda nestes cálculos com seus valores nominais memorizados.
Os sensores em grau de importância são:
1-Medidor de Fluxo de Ar (MAF)
2-Sensor de Temperatura do ar
3- Sensor de Rotação
Exemplos de U.C.E.:BOSCH JETRONIC
MASSA DE AR
Esta é a forma de estratégia mais precisa que há no mercado hoje, mais também é a mais cara por isso só é lançada em carros de valor mais elevado. Seu processo de funcionamento é o parecido com do item 4, porem o calculo de massa de ar é obtido por um sensor de massa de ar bem mais preciso e eficaz, capaz de ter medidas precisas do volume de ar admitido. Esse sensor trabalha juntamente com o sensor de temperatura do ar.
os Sensores em grau de importância são:
1-Sensor de massa do ar
2-sensor de temperatura do ar
Exemplos de U.C.E.: SIEMENS
Esse é o primeiro passo para um diagnostico rápido, então saibam distinguir qual destes citados esta sendo usado no carro.
Até a parte 2
Conceitos básicos de Injeção Eletrônica: Sensores (parte2)
Os sensores são componentes que conseguem de alguma forma transformar sinais mecânicos e físicos em sinais elétricos. Existem vários tipos de sensores usados nos sistemas de Injeção Eletrônica, vou dar um breve resumo de alguns deles:
SENSOR DE ROTAÇÃO: este sensor tem por função indicar à unidade de comando se existe rotação no motor, sendo ele um dos componentes mais importante para o funcionamento do motor, pois sem seu sinal a U.C.E. não consegue identificar se há necessidade de injeção de combustível ou sinal de ignição.
SENSOR DE VELOCIDADE: Tem por finalidade informar a velocidade do veiculo, proporcionando assim um melhor controle da marcha lenta e das desacelerações.
SENSOR DE PRESSÃO ABSOLUTA (MAP): Indica a unidade de comando as variações de pressão provenientes do coletor de admissão com o carro em funcionamento, e a pressão barométrica (altitude) apenas com a chave virada. A U.C.E. usa essas informações para calcular a massa de ar que esta sendo admitida.
MEDIDOR DE FLUXO DE AR (MAF): Este tipo de sensor mede a vazão de ar admitido no coletor de admissão por meio de uma palheta sensora que se move de acordo com o volume de ar que é aspirado pelo motor. Esse sensor tem importância principal , para a dosagem de combustível.
SENSOR MASSA DE AR: Utiliza um elemento de sensor quente que é mantido a 100°c acima da temperatura do ar, a medida que o ar é aspirado este sensor perde calor para a massa de ar alterando assim a sua resistência. Para este fio se manter aquecido constantemente, uma corrente passa por ele e a mesma é medida por uma ponte de wheatstone, que envia esses números para a central realizar os cálculos de ar admitido.
Mais sensores no próximo post desta serie.