A Bosch é uma das pioneiras no desenvolvimento de sistemas para injeção eletrônica baseando em mais de 100 anos de pesquisas, o que assegurou para a Bosch a liderança do mercado no seguimento de injeção eletrônica. Por ter esta importância na historia automobilística nós do Dicas Mecânicas resolvemos iniciar uma serie de artigos sobre os sistemas de injeção eletrônica fabricadas por esta incrível empresa a Bosch.
Você pode obter mais informações sobre o funcionamento da Injeção eletrônica nos links a Baixo:
Conceitos básicos de Injeção Eletrônica: Estratégia de Funcionamento (parte1)
Conceitos básicos de Injeção Eletrônica: Sensores (parte 2)
Tipos de Injeção Eletrônica
Basicamente existe dois tipos de sistemas de injeção eletrônica, vou dar um breve descrição dos modelos pois o intuito da serie não é os tipos de injeção disponíveis mais sim os sistemas que a Bosch desenvolve.
Monoponto: O sistema monoponto se destaca por ter somente uma válvula injetora para todos os cilindro do motor.
Multiponto: No sistema multiponto existe um bico injetor de combustível para cada cilindro do motor.
Sistemas de Injeção Eletrônica Bosch
Sistema LE-Jetronic
No sistema LE-jetronic o combustível é injetado no coletor de admissão por um comando eletrônico, que fornece para o motor a quanri9dade de combustível exata para suprir a necessidade dos diversos regimes de funcionamento do motor.
A central LE-jetronic recebe sinais com informações precisar, sobre as condições de funcionamento do motor, estes sinais são provenientes de vários sensores que estão espalhados por diversas localidades do motor. De posse destas informações a unidade de comando calcula adequadamente o tempo de injeção, também conhecido como TI, este comando e feito por um sinal elétrico direcionado para as válvulas injetoras.
Na U.C.E. com sistema LE-jetronic os bicos injetores são acionados todos ao mesmo tempo, ou seja, simultaneamente.Este é um sistema de injeção analógico, sendo que isso o impossibilita de guardar em sua memoria possíveis erros que possam ocorrer no sistema.
A LE-Jetronic não possui lâmpada de anomalias e o sistema controla apenas o sistema de combustível.
No próximo texto da serie vamos conhecer os sistemas:Motronic, Mono Motronic, Motronic ME 7.
Ate mais…
No ultimo post do Dicas Mecânicas demos inicio a uma serie de artigos sobre os sistemas de injeção eletrônica que foram desenvolvidos pela Bosch. Neste capitula vamos falar sobre mais três sistemas Bosch, mas se você ainda não leu a primeira parte deste artigo clique no link a baixo:
Sistemas de Injeção Eletrônica Bosch (1° parte)
Sistema Motronic
O sistema de injeção Motronic é um sistema que trabalha com uma válvula injetora para cada cilindro, ou seja, é um sistema multiponto. Diferentemente do LE-Jetronic que comanda somente a parte de injeção de combustível, a Monotronic tem incorporada a sua unidade de comando o controle do sistema de ignição e utiliza de sonda lambda para efetuar a regulagem da relação Ar/Combustível.
O sistema Monotronic é 100 % digital e vem com com a lâmpada indicadora de avarias e uma memoria de adaptabilidade, os carros com este modelo de U.C.E. que não vem com distribuidor tem seu centelhamento comandado pela central que calcula o memento certo de liberar a centelha com base nos parâmetros do sensor de rotação. O Motronic também vem com o comando da válvula de canister, que faz o reaproveitamento dos gases provenientes do tanque de combustível, fazendo com que o nível de poluição diminua.
Sistema Mono Motronic
No sistema Mono Motronic a existe somente um bico injetor para todos os cilindros, e o combustível e injetado no coletor de admissão.
O corpo de borboleta é uma das partes mais fundamentais quando o sistema utilizado é o Mono Motronic, pois é nela que vai o bico injetor, atuador de marcha lenta, sensor da borboleta, sensor de temperatura do ar, componentes estes que são importantíssimos para o bom funcionamento do motor. Esta central também e responsável pelo sistema de ignição sendo que o que difere o Motronic do Mono Motronic é a quantidade de bicos injetores.
Sistema Motronic ME7
No sistema Motronic ME7 o que chama mais atenção é o fato da aceleração ser efetuada através de uma borboleta de comando eletrônico, o famoso acelerador Eletrônico (Driver By Wire), e a “regulagem” do funcionamento do motor ser feita baseada no torque, ajustando assim os parâmetros de todo o sistema de injeção e ignição.
Ao pisar no pedal do acelerador e com informações adicionais de outros sistemas do carro como: ar-condicionado, ABS, eletroventilador do radiador e outros, a central ME7 interpreta a intensão do motorista e determinada o torque necessário para satisfazer a necessidade do mesmo, definindo assim a estratégia a ser usada pelo o sistema de ignição e injeção, para que o motor tenha o desempenho esperado.
Por fazer uso de uma estrutura modular de software e hardware o ME7 pode ser configurado de acordo com a necessidade de cada carro. O uso do sistema de acelerador eletrônico reduz o consumo de combustível do motor além de melhorar e muito a dirigibilidade do veiculo.
No próximo e ultimo capitulo desta serie vamos saber um pouco mais sobre os sistemas mais modernos lançados pela Bosch.
Sistema Motronic MED
A principal característica dos sistemas Motronic MED é a injeção de combustível direta. Antes do MED ser lançado pela Bosch o combustível era injetado no tubo de aspiração o que ocasionava uma perda de aproveitamento do mesmo, com a tecnologia do sistema de injeção direta, regulada eletronicamente, a Bosch consegui uma redução significativa de até 15% no consumo.
O motor gerenciado pelo sistema Motronic MED consegue trabalhar com uma mistura muito pobre no regime de marcha lenta e em perímetros urbanos, o que faz com que o consumo seja bem reduzido. Já em casos em que se necessita de uma alta potencia no motor, o MED responde injetando uma quantidade de combustível de forma que a mistura nunca deixe de ser Homogênea. Desta forma mesmo em momentos de alta carga no motor o MED não deixa de ser mais econômico que os sistemas convencionais.
Sistema Flex Fuel Bosch
Com o Flex Fuel o motorista não precisa de se preocupar com a proporção de álcool e gasolina que vai usar, pois este tipo de gerenciamento de motor reconhece e adapta com qualquer proporção dos dois combustível que houver no tanque.
A identificação da mistura dos combustíveis é feita pela sonda lambda (sensor de oxigênio), que envia um sinal para unidade de comando, para que a mesma inicie o processo de reconhecimento da mistura. Após a confirmação do combustível o Flex Fuel identifica qual é o ponto de mapeamento que mais se adequa a aceleração imprimida pelo motorista, ajustando assim os componentes do sistema de injeção eletrônica para o melhor funcionamento do motor sem consumo excessivo e perda de potencia.
Sistema Trifuel Bosch
Com o sistema Trifuel o motor pode ser abastecido com álcool, gasolina ou a mistura dos dois combustíveis e ainda pode ser utilizado o gás natural veicular (GNV).
O sistema Trifuel que é multiponto gerencia não só a injeção de combustível, mas também o sistema de ignição, detonação, entrada de ar e vários outros, sempre se baseando nos vários sensores espalhados pelo motor. Fazendo assim o melhor ajuste da mistura Ar/Combustível.
O sistema Trifuel vem dotado de um turbo compressor, que auxilia na eliminação da perda de potencia que os carros convertidos tem.
Este foi apenas uma breve descrição destes sistemas maravilhosos fabricado pela Bosch, em breve falaremos com maior riqueza de detalhes de cada um deles.
Sonda lambda, sensor lambda e sensor de oxigênio, estes são alguns dos nomes dados a um dos componente mais importantes do seu carro, mas que ainda é um mistério para muitas pessoas (até mesmo mecânicos). Para muitos profissionais do setor de reparação automotiva a sonda lambda é a alma da injeção eletrônica e entender como ela funciona é essencial para um bom diagnostico do motor.
Finalidade do sensor de oxigênio
Os sensores lambda tem como função detectar o teor de oxigênio nos gases da descarga em comparação ao oxigênio no ar de amostragem que fica dentro do sensor e informar a central (U.C.E) em forma de sinal elétrico para que a mesma possa fazer os cálculos estequiométricos.
Fator Lambda ( λ )
Para entendermos o funcionamento dos sensores de oxigênio primeiramente temos que conhecer o fator lambda (λ). Neste caso a letra grega lambda (λ) corresponde a razão de equivalência na relação ar-combustível real entre a relação considerada ideal ou estequiométrica para uma mistura.
Lambda (λ)= relação real – ar/combustível
relação ideal – ar/combustível
Relação Ar/Combustível ideal
- Gasolina: 14,7:1 ( 14,7 partes de ar para 01 parte de gasolina)
- Álcool: 9,0:1 ( 9,0 partes de ar para 01 parte de álcool)
- Diesel: 15,2:1 ( 15,2 partes de ar para 01 parte de Disel)
Dessa forma podemos concluir que quando uma mistura tem mais ar do que o especificado na tabela acima dizemos que λ >1 ou que a mistura esta Pobre. Já quando a quantidade de ar esta abaixo da especificada dizemos que λ<1 ou="" que="" a="" mistura="" esta="" rica="" p="">
Funcionamento do sensor de oxigênio
Os sensores lambda trazem em sua composição um componente muito importante que é: dióxido de zircônio, este material quando atinge uma temperatura superior a 300°C se transforma em um condutor de íons de oxigênio. Com o auxilio deste componente a sonda consegue identificar por meio de uma variação de tensão a quantidade de oxigênio presente nos gases de escape. Esta tensão que pode ser medida em milvolts varia de 0 a 800mv e é enviada para unidade de comando para que seja feito os cálculos usando como base o fator lambda.
Localização do Sensor Lambda
Por funcionar com perfeição somete acima de 300°C, geralmente este dispositivo é fixado na descarga o mais próximo do motor possível e obrigatoriamente a sonda e deve receber os gases provenientes de todos os cilindro para que a leitura seja a melhor. A sonda de 4 fios por sua vez pode esta localizada até mesmo próxima do catalizador pois a mesma possui uma resistência de aquecimento para que atinja os 300°c necessários, dispensando assim a necessidade de ficar próximo do motor.
A sonda lambda é sempre a culpada
Muitos mecânicos por falta de experiência acaba fazendo a troca desta peça, por ela na maioria das vezes marcar um código de avarias quando se rastreia um carro. Mas o sensor de oxigênio é mais resistente do que aparenta e a maioria das vezes os códigos marcados para sonda lamba é na verdade decorrente de um outro problema de gerenciamento do motor e que acaba refletindo no funcionamento do sensor, que por precaução e para avisar de possíveis falhas no funcionamento do carro, a unidade marca erro na sonda, fazendo com que alguns mecânicos desavisados façam a sua troca prematuramente.
As sondas lambda são sem duvida uma das peças mais importantes do seu carro por isso quando for realmente necessário fazer a troca desta peça, de preferencia para peças originais, pois a diferença de qualidade é evidente e o seu carro vai agradecer, eu garanto.